ESTRUTURA

Aqui nossos alunos vivem ricas experiências

Num mundo onde cada vez mais a individualização e racionalização dos espaços são valorizadas comercialmente, sobretudo na zona urbana, a infância perde gradativamente seus direitos sobre os espaços públicos e populares. A violência, a verticalização das moradias, a exagerada valorização do mundo virtual vêm substituindo o lúdico infantil natural.

Que dizer, então, sobre o espaço físico escolar? Talvez a escola seja um dentre os poucos espaços que ainda possa recriar, principalmente nas cidades, a sensação de pertencimento à natureza. Talvez, pela sua função de ensino, ela seja quase única na competência para favorecer ainda um relacionamento intencional com água, terra, ar e fogo.

Sem dúvida, dentre as maiores contribuições dos modelos pedagógicos alternativos ao ensino tradicional, estão as novas necessidades que eles criam para a organização do espaço físico escolar. E isso está relacionado à preferência que tem pelo desenvolvimento de trabalhos práticos dentre suas atividades.

A Escola da Criança – Espaço de Adolescer está numa área de 12.000m² com aproximadamente 3.019 m² de área construída. É daí que ela retrata, na modernidade de suas formas, cores, texturas e ausência de corredores e salas retangulares dos antigos prédios escolares de modelo padronizado, a convicção de que seu papel vai além das aulas expositivas, único recurso didático do modelo tradicional de ensino durante muitos anos.

A concepção de seu espaço físico é o resultado de estudos e discussões promovidas na equipe de seus arquitetos, engenheiros, psicólogos e educadores. O resultado se impôs na mistura harmoniosa. Nele, convivem placidamente sensibilidade e linguagem de vanguarda de seus arquitetos, objetividade e precisão de cálculos de seus engenheiros e uma proposta educacional de caráter fortemente contemporâneo, que inclui a natureza ao conhecimento escolar.

O espaço físico da Escola dá cobertura aos seus estudantes para que busquem as origens rurais de seus antepassados. Aqui, acompanhando plantas e bichos e mexendo na terra, observando o nascimento de variados filhotes, tirando leite da vaca, andando na carrocinha puxada pelos animais com que convivem no quintal, mexendo a panela de “comidinha de verdade” no “faz de conta” do fogão a lenha, eles estudam, enquanto acompanham o vaivém das estações.

É assim que, em cada um de seus ambientes, o espaço físico da Escola procura integrar o ser humano com a natureza, forjando nele uma sensibilidade capaz de criar atitudes de preservação e defesa do meio ambiente.

O Projeto, desde sua forma original, apresenta, a olhos vistos, o traçado de dois eixos básicos que realçam quatro pontos da gleba. Nos primeiros tempos, estes se materializavam nas praças da Água, da Terra, do Fogo e no Circo. Atualmente a Escola reelabora duas das suas extremidades. A Praça da Terra se aperfeiçoa com a instalação da “Fazendinha”, espaço temático que reúne e cria melhores condições para apropriação de aspectos naturais do ambiente e para atividades de experimentação prática. No espaço que englobava o Circo haverá, futuramente, ampliação e acomodação da área artística e lúdica e ainda um amplo espaço de experimentação prática do Projeto para os estudantes mais velhos.

A Fazendinha promete realçar um ser humano que não pode ser fisiologicamente livre. Embora a inovação tecnológica e cultural atuais, a Fazendinha insiste dizendo que a vida começa pela exploração de seu entorno natural. Ela oferece proximidade com o nascer e o morrer e a necessidade de cuidados no contato direto com bichos e plantas. Assim, o complexo centraliza e abriga uma estrutura pedagógica em torno do fogão a lenha, casa dos animais, pomar, horta, forno caipira e outros mais. Com isso, o Projeto Pedagógico mostra a crença da Escola de que essa faixa etária precisa de um ambiente onde estrutura de ensino formal e casa ainda se misturam.

A Praça da Água oferece a sombra fresca de suas árvores, a terra batida e úmida camuflada pelo seu tapete de folhas secas, e uma folhagem intensamente verde refletida na água de seu laguinho povoado de peixes. Seus efeitos naqueles que por ali passam podem ser, quem sabe, um “batismo” de compromisso com a preservação da vida ou um leve e descomprometido “lavar d’alma” que refrigere o retorno à aridez do asfalto que devolve cada um à sua casa.

A Praça do Fogo se impõe com suas pedras quentes e escuras. Durante as estações quentes do Cerrado, seu piso queima a sola dos pés descalços de quem ali se aventura. Seu papel é o de lembrar que nascer, crescer, aprender, conviver e morrer é doído. Mas é na dor do estiramento, da rasgadura, do medo, das despedidas e das saudades que tudo é transformado. Passear e brincar por ali podem ensinar o seguinte: tudo que se transforma serve à vida e ao seu eterno desejo de perfeição.

E o novo complexo que surgirá em vez do Circo? Ora, o projeto recentemente reelaborado no papel anuncia que ele continuará a reunir gente, entoar canções, dançar, abraçar, receber quem chega e se despedir de quem se vai. Ele continuará sua intenção de fazer rir e chorar. Como antes, quem marcar algum encontro ali, poderá, sem perceber, se ver envolvido pelas borbulhas de sabão das brincadeiras do casal Ilusão e Efêmero, que morarão eternamente nele.

Por fim, o Pórtico de Entrada, elemento forte e aberto. Está lá o tempo todo comunicando àqueles que chegam que o lugar é seguro, mas transformador. É aberto e largo o suficiente para facilitar as trocas com o que ficou de fora, sem ser tão diferente a ponto de se alienar e se perder na solidão.

O Projeto, desde sua forma original, apresenta, a olhos vistos, o traçado de dois eixos básicos que realçam quatro pontos da gleba.

A Praça da Água oferece a sombra fresca de suas árvores, a terra batida e úmida camuflada pelo seu tapete de folhas secas, e uma folhagem intensamente verde refletida na água de seu laguinho povoado de peixes. Seus efeitos naqueles que por ali passam podem ser, quem sabe, um “batismo” de compromisso com a preservação da vida ou um leve e descomprometido “lavar d’alma” que refrigere o retorno à aridez do asfalto que devolve cada um à sua casa.

A Fazendinha realça um ser humano que não pode ser fisiologicamente livre. Embora todas as inovações tecnológicas e culturais de nosso mundo atual, a Escola insistirá sempre para que a vida comece pela exploração de seu entorno natural. Na Fazendinha o aluno pode experimentar a proximidade com o nascer e o morrer, a necessidade de regularidade de cuidados no contato direto com bichos e plantas.

O pequeno complexo centraliza, dá mais conforto e ainda cria melhor estrutura pedagógica em torno do fogão a lenha, galinheiro, curral, pomar, horta, baias para animais, forno caipira e outros mais.

Ali, o Projeto Pedagógico exclusivo mostra a crença da Escola de que essa faixa etária precisa de um ambiente onde estrutura de ensino formal e casa ainda se misturam.

A Praça do Fogo se impõe com suas pedras quentes e escuras, suas plantas espinhosas, seu piso que queima a sola dos pés de quem se aventura descalço durante os verões do Cerrado.


Seu papel é o de lembrar que nascer, crescer, aprender, conviver e morrer é doído. Mas é na dor do estiramento, da rasgadura, do medo, das despedidas, e das saudades que tudo é transformado. Passear por ali pode ensinar o seguinte: tudo que se transforma serve à vida e ao seu eterno desejo de perfeição.

E o novo complexo que surgirá ao invés do Circo? Ora, quando for reelaborado, continuará a reunir gente, entoar canções, dançar, abraçar, receber quem chega e se despedir de quem se vai. Ele continuará sua intenção de fazer rir e chorar. Como antes, quem marcar algum encontro ali, poderá, sem perceber, se ver envolvido pelas borbulhas de sabão das brincadeiras do casal Ilusão e Efêmero, que morarão eternamente nele.

Por fim, o Pórtico de Entrada, elemento forte e aberto. Está lá o tempo todo comunicando àqueles que chegam que o lugar é seguro, mas transformador. É aberto e largo o suficiente para facilitar as trocas com o que ficou de fora, sem ser tão diferente a ponto de se alienar e se perder na solidão.